Os componentes do conjunto devem ser examinados cuidadosamente para verificar se existe deteriorações ou desgaste.
- ANTES de DESMONTAR o diferencial deve-se ver se existe fugas de óleo, Se existir, então deve-se verificar a carcaça para eventuais fracturas (estalada), na altura da montagem deve-se substituir os retentores. O nível do óleo também deve ser verificado, pois o desgaste dos componentes pode ser originado por um baixo nível de óleo.
- Finalizada a desmontagem, segue-se a limpeza de todos os componentes e a observação do seu desgaste.
- No diferencial deve-se efectuar as seguintes verificaçoes com base nos dados e recomendações dos fabricantes:
-Existência de desgaste excessivo no pinhão de ataque e na coroa do diferencial, assim como nos satélites e planetários. Se existir devem ser substituídos.
Nota: Quando se substitui o pinhão de ataque deve-se substituir a coroa também, e vice-versa. O mesmo acontece com os satélites e planetários. Substituir sempre os parafusos.
- Existência de desgaste nos rolamentos do pinhão de ataque e no conjunto da coroa-diferencial (aqui qualquer desgaste é excessivo).
- Existencia de desgaste ou deformação nos espaçadores e anilhas de regulação. No caso de existirem tem que se substituir.
Com o conjunto do diferencial montado fig 2, a folga lateral de cada planetário deve encontrar-se dentro dos valores estipulados. Caso contrario, deve-se substituir as anilhas espaçadoras para corrigir o valor da folga.
Se a folga estiver dentro dos limites e o estado dos satélites e planetários for aceitável, não é necessário desmontar o conjunto.
A folga é verificada com um utensílio como ilustra a figura.
Ou seja:
Quando se monta o conjunto par cónico-diferencial deve-se lubrificar os componentes com óleo adequado. Simultaneamente fazer o ajuste do conjunto pinhão-coroa seguindo a ordem estabelecida na figura 2.2.
Ou seja:
- Primeiro ajusta-se a posição do pinhão de ataque (fases 1 e 2) e depois o da coroa (fase 3).
- Para terminar, verificar a posição e contacto dos dentes de ambos.
- Para verificar, coloca-se um liquido colorido nos dentes da coroa e arrastando o pinhão ate que a coroa complete uma volta, de forma a que todos os dentes fiquem marcados nos pontos de contacto.
Consoante as marcas obtidas, representadas na fig. 2.3, a leitura dos resultados e:
A - Contacto correcto
B - Aproximação escassa
C - Aproximação excessiva
D - Ataque excessivo do pinhão em relação à coroa
E - Ataque escasso do pinhão em relação à coroa
Se a marca de contacto na coroa é a correcta, o ajuste está bem realizado. Caso contrário, é necessário corrigir este ajuste através da posição do pinhão de ataque ou da corroa, em função da marca obtida.
O ajuste do pinhão de ataque consiste em acoplar os rolamentos de forma a que não exista folga entre eles nem qualquer prisão.
A montagem do conjunto coroa-diferencial requer também uma operação de calibre, que determina o posicionamento da coroa em relação ao pinhão. A fig 2.4 mostra uma disposição de montagem adoptada com frequência, em que os rolamentos do conjunto coroa-diferencial estão apoiados na carcaça. As anilhas situadas em ambos os lados, determinam a posição da coroa em relação ao pinhão. Aumentando a espessura da anilha do lado da coroa e diminuindo do lado contrário em igual medida, consegue-se aproximar a coroa do pinhão de ataque devendo a folga entre eles situar-se, como referência, compreendida entre 0,1 e 0,15 mm.
Se a marca de contacto na coroa é a correcta, o ajuste está bem realizado. Caso contrário, é necessário corrigir este ajuste através da posição do pinhão de ataque ou da corroa, em função da marca obtida.
O ajuste do pinhão de ataque consiste em acoplar os rolamentos de forma a que não exista folga entre eles nem qualquer prisão.
- Apertando progressivamente a porca do extremo oposto à engrenagem e ajustando com um martelo de madeira ou plástico do lado do pinhão, consegue-se o acoplamento desejado. Aperta-se a porca com o binário especificado pelo fabricante e faz-se girar o pinhão de ataque. A força utilizada para o girar não deverá ser superior a 0,5 mkg.
A montagem do conjunto coroa-diferencial requer também uma operação de calibre, que determina o posicionamento da coroa em relação ao pinhão. A fig 2.4 mostra uma disposição de montagem adoptada com frequência, em que os rolamentos do conjunto coroa-diferencial estão apoiados na carcaça. As anilhas situadas em ambos os lados, determinam a posição da coroa em relação ao pinhão. Aumentando a espessura da anilha do lado da coroa e diminuindo do lado contrário em igual medida, consegue-se aproximar a coroa do pinhão de ataque devendo a folga entre eles situar-se, como referência, compreendida entre 0,1 e 0,15 mm.
Nos casos em que o diferencial está incorporado na caixa de velocidades, caso da fig 2.5, este posicionamento é efectuado através das porcas laterais (1 e 2). A regulação nesta caso, previne uma certa folga entre os dentes da coroa e o pinhão.
As correcções necessárias faz-se nas porcas de regulação da coroa, apertando-as do lado da coroa ( aliviando do outro ) quando a folga é excessiva e do lado oposto quando a folga é insuficiente.
Para verificar esta folga, coloca-se um comparador fixo no cárter de maneira a que a
ponta de medição fique perpendicular ao dente da coroa do diâmetro exterior, como representado na fig 2.6. Nestas condições, tendo fixo o pinhão, imprime-se movimento alternado à coroa, para determinar a folga entre dentes, deverá estar entre os 0,15 e 0,2mm.As correcções necessárias faz-se nas porcas de regulação da coroa, apertando-as do lado da coroa ( aliviando do outro ) quando a folga é excessiva e do lado oposto quando a folga é insuficiente.
Informação retirada do manual CEPRA